Festival Verouvindo divulga programação completa de sua 8ª edição 

fotografia de uma sala de cinema com cadeiras vermelhas e várias pessoas espalhadas olhando para frente,

De 20 de novembro a 02 de dezembro, o Festival, acessível às pessoas com deficiência, terá duas mostras competitivas de curtas e exibições de filmes de longa metragem

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O Festival Verouvindo chega à sua 8ª edição, celebrando o cinema de rua e promovendo uma experiência inclusiva no audiovisual brasileiro, entre 20 de novembro a 02 de dezembro, no Cinema do Museu (Fundaj – Casa Forte) e no Cinema da Universidade Federal de Pernambuco. A programação apresenta uma seleção de filmes de curta e de longa-metragem, todos apresentados com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência: audiodescrição (AD), Tradução Audiovisual em Língua de Sinais (Tals) e Legendas para Surdos e Ensurdecidos (LSE). 

Com o objetivo de contribuir para a inclusão cultural das pessoas com deficiência, o Festival exibe filmes com as acessibilidades aparentes, isto é, sem a mediação de aplicativos, e sempre em sessões bilíngues (português e Libras). Na programação, o público verá curtas pernambucanos, como Dorme Pretinho, de Lia Letícia; Ciranda feiticeira, de Thiago Delácio, e Recife de dentro para fora, de Kátia Mesel, frutos do Prêmio Serviço VerOuvindo de Acessibilidade. 

Nesta edição do VerOuvindo, a já tradicional Sessão Memória tem como foco a defesa da importância do cinema de rua. Por isso, o sábado, dia 2 de dezembro, será dedicado ao tema. Pela manhã, haverá a exibição do filme Censura livre (28 min, doc, livre, 1981), de Ivan Cordeiro. Um dos clássicos do movimento Super-8 pernambucano, o média-metragem mostra a transformação de muitos dos cinemas de rua do Recife. Logo em seguida, haverá a aula: “Das telas às ruas: o Recife Cinematográfico”, a cargo da curadora do VerOuvindo, professora de Cinema da UFPE, Amanda Mansur. Em seguida, haverá ainda a exibição do curta Quem me quer, de Tiago Pinheiro, documentário sobre o nosso majestoso Cinema São Luiz. O público poderá participar fazendo perguntas e comentários. No turno da tarde, o festival promove uma excursão pelos antigos cinemas do Centro do Recife. Essa ação, comandada pelo Coletivo #CineRuaPE, é intitulada de “Passeio Fantasma” (91 min, doc, classificação 12 anos, 2023) em alusão ao mapa afetivo que o cineasta Kleber Mendonça Filho apresenta em seu último filme, Retratos fantasmas. Representante do Brasil no Oscar de 2024, essa obra será exibida com as acessibilidades abertas para todos os públicos, à noite, no encerramento do Festival.

Um dos momentos mais esperados do VerOuvindo é o das mostras competitivas que reúne profissionais da acessibilidade atuantes em vários estados brasileiros, experientes e iniciantes, para concorrer aos prêmios de Melhor Audiodescrição e de Melhor Tals, nas categorias: ficção, documentário e animação. O público também poderá votar, com cédulas em braile, em tinta e em fonte ampliada, para eleger a Melhor Audiodescrição e a Melhor Tals pelo Júri Popular.

Para o público infanto-juvenil, haverá a exibição do filme Pedrinho e a chuteira da sorte (44 min, animação, livre, 2018), animação da Viu Filmes, que conta a história e um menino, apaixonado por futebol, que sonha em se tornar o maior jogador do mundo. Em sua jornada, a chuteira da sorte lhe ajuda a aprimorar suas habilidades e superar obstáculos no campeonato do bairro.  

“Na primeira edição, em 2014, o VerOuvindo tornou-se pioneiro no Brasil na difusão audiovisual com as acessibilidades gravadas. É um festival que produz, exibe e discute a acessibilidade no cinema, refletindo sobre a técnica e a estética da audiodescrição, da Libras e da legenda para surdos e ensurdecidos – LSE”, ressalta Liliana Tavares, diretora executiva do VerOuvindo e gestora da Com Acessibilidade Comunicacional, empresa que atua na execução de projetos de acessíveis, principalmente, no audiovisual e nas artes visuais. “É um evento que, além de promover o acesso do público com deficiência às salas de cinema, atua também na formação e no reconhecimento dos profissionais da acessibilidade no audiovisual”, complementa. 

HOMENAGEADOS – O 8º Festival Verouvindo prestará uma homenagem ao professor e tradutor de Libras Alessandro Vasconcelos, e à audiodescritora e doutora em Estudos de Linguagem Larissa Costa.

A abertura oficial, no dia 29 de novembro, às 19h, contará com as palestras dos homenageados: “Relato de experiência: AD simultânea da Copa do Mundo na TV e AD gravada da novela Todas as flores, para o streaming e para a TV”, por Larissa Costa; “A importância da atuação da pessoa surda na equipe de tradução para Libras no audiovisual”, por Alessandro Vasconcelos.

Gratuito, o Festival tem incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC), Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura e Prefeitura do Recife. Premiado, em 2018 foi vencedor do Concurso de Boas Práticas da Sociedade Civil do Mercosul em Acessibilidade no Audiovisual, da Recam. No mesmo ano, recebeu o Voto de Aplauso, da Câmara dos Vereadores da Cidade do Recife, e, em 2021, recebeu o Voto de Aplauso da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Jornada VerOuvindo – Em paralelo ao festival, é realizada a Jornada VerOuvindo, com atividades formativas, como: cursos, oficinas, palestras e debates sobre acessibilidade comunicacional, reunindo especialistas, profissionais, estudantes e o público interessado. 

A programação das apresentações de trabalhos pode ser conferida na página do Festival. 

Confira a programação completa do Festival VerOuvindo:

Segunda, dia 20 de novembro | Cinema da UFPE

14h – O documentário “A Carta de Esperança de Garcia”, com duração de 105 minutos, realizado por Douglas Machado em 2023, conta a história de Esperança Garcia, a primeira advogada negra do Brasil. O filme, que conta com a participação da aclamada atriz Zezé Motta, relata o ato de coragem de Esperança, que em 6 de setembro de 1770 redigiu uma carta ao governador da Capitania, denunciando os abusos e violência sofridos por ela, sua família e outros cativos. Encontrada no Arquivo Público do Piauí em 1979 por Luiz Mott, antropólogo, essa carta se tornou um ícone de resistência nos movimentos afrodescendentes.

Domingo, dia 26 de novembro | Fundaj/Museu

19h –“Paloma”, um filme de ficção dirigido por Marcelo Gomes com duração de 104 minutos, classificado para maiores de 16 anos, narra a história de Paloma, uma mulher trans determinada a concretizar seu grande sonho: um casamento tradicional na igreja com seu namorado Zé. Apesar de trabalhar arduamente como agricultora em uma plantação de mamão para juntar dinheiro e custear a celebração, ela se depara com a recusa do padre em realizar a cerimônia, forçando-a a confrontar os preconceitos e desafios da sociedade rural. Paloma enfrenta violência, traição, discriminação e injustiça, porém sua fé permanece inabalável.

Terça-feira, dia 28 de novembro | Fundaj/Museu

9h – “Pedrinho e a Chuteira da Sorte” é uma série de animação da Viu Filmes composta por 4 episódios de 11 minutos, totalizando 44 minutos, livre, lançada em 2018. A narrativa gira em torno de Pedrinho, um jovem apaixonado por futebol, determinado a se tornar um renomado jogador. Ele é auxiliado por um artefato enigmático, a Chuteira da Sorte, que o ajuda a aprimorar suas habilidades e superar desafios no torneio local. Ao lado de seus talentosos colegas de time, Pedrinho enfrenta competições emocionantes e absorve importantes lições sobre esporte, amizade e vida. Ao longo da série, eles exploram novas técnicas de jogo e conhecem diversas pessoas, tornando-a um deleite para os entusiastas de futebol e aventura.

Quarta-feira dia 29 de novembro | Fundaj/Museu

Às 9h, a competição de filmes em Libras apresentará três filmes: “Caryocar Coriaceum” (21 min, doc, livre, 2023), dirigido por Valéria Pinheiro, Adriana Pimentel, Marcelo Paes de Carvalho. O audiovisual explora o papel das mulheres na preservação do Piqui na região da Chapada do Araripe, hoje ameaçado pela devastação da Floresta do Araripe. O documentário destaca o esforço diário dessas mulheres para garantir seu sustento através desse fruto, revelando os processos sociais envolvidos nessa prática e mostrando as histórias envolventes das personagens locais.

Outro filme em destaque é “Além da lenda: Bicho Papão”, que conta a história emocionante da Cabra Cabriola, um animal sonhador que almejava ser artista de circo. Essa narrativa exige a crença e a imaginação do espectador para se envolver na trama.

Por fim, “Luta” retrata a luta de Camila Guedes contra a burocracia e o preconceito para importar canabidiol, o único recurso capaz de controlar as convulsões do seu filho de um ano, que sofre de uma forma rara de epilepsia.

14h – Mostra competitiva de audiodescrição 

Quinta-feira, dia 30 de novembro | Fundaj/Museu

14h30 – Mostra de curtas pernambucanos do Prêmio Serviço VerOuvindo de Acessibilidades (com a presença de Lia de Itamaracá). Exibição dos filmes:  Recife de dentro para fora, de Kátia Mesel; Ciranda feiticeira, de Thiago Delácio; e Dorme Pretinho, de Lia Letícia.

Sexta-feira, 1º de dezembro | Fundaj/Museu

14h – Surdes, de Thays Prado

Sábado, dia 02 de dezembro | Fundaj/Museu

10h – Censura livre, de Ivan Cordeiro 

10h30 – Das telas às ruas: o Recife Cinematográfico: Aula com Amanda Mansur, curadora do Festival.

11h30 – Quem me quer, de Tiago Pinheiro

16h – Passeio fantasma, com o Coletivo #CineRuaPE (excursão pelo mapa afetivo de Kleber Mendonça Filho)

19h – Premiação da Mostra Competitiva 

19h30 – Retratos fantasmas, de Kleber Mendonça Filho

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