Educação e inclusão, o exemplo do Colégio Apoio

A escola é o primeiro passo para o mercado de trabalho. É nela que os alunos se desenvolvem no meio educacional, depois crescem e exercem uma profissão. Dentro desse segmento, o Colégio Apoio surgiu no Recife com uma proposta de ensino construtivo e não tradicional como era oferecido na maioria das escolas da cidade. A instituição foi uma das primeiras escolas particulares a olhar para as pessoas com deficiência de forma inclusiva, além de se preparar estruturalmente para receber esses alunos.

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A coordenadora e pedagoga do Colégio Apoio, Elisa Maria Araújo Moreira em entrevista ao site eficientes

Elisa Maria Araújo Moreira é pedagoga, trabalha no Colégio Apoio há 21 anos e atualmente é coordenadora de práticas inclusivas da escola. Ela conta como tudo começou: “Em 2018 o Apoio completa 34 anos e na época de sua inauguração não era muito comum a sociedade olhar e aceitar as pessoas com deficiência, mas essa sempre foi uma preocupação nossa, mostrar que essas pessoas existem e que são capazes. Inicialmente a escola surgiu para atender especificamente esse público, mas com o crescimento nos tornamos um colégio “regular”, explica.

A partir desse ponto, o Apoio precisou entender como trabalharia a integração entre alunos sem e com deficiência. “Acreditamos que a escola é para todos, então as pessoas com deficiência que estudam aqui são incluídas em sala de aula e podem desenvolver sua aprendizagem. Isso é positivo para eles que se sentem incluídos e veem outras pessoas com deficiência na escola e também é positivo para os alunos sem deficiência que desde crianças aprendem a conviver e respeitar as diferenças”.

O colégio Apoio deu o pontapé inicial, porém para as pessoas com deficiência ingressarem numa escola continuou sendo complicado. A rede pública de ensino, apesar de muitas vezes não ter estrutura, não pode negar vaga a um aluno com deficiência, mas nas escolas particulares era bem diferente. Seja por falta de estrutura ou apenas por norma institucional, muitos colégios particulares não aceitavam alunos com deficiência. A advogada Walleska Maranhão é ativista dos direitos das pessoas com deficiência e conta uma situação que presenciou do preconceito dos colégios na hora de receber um aluno com deficiência. Confira o áudio:

Transcrição completa do áudio de Walleska Maranhão

Em 2015 as coisas começaram a mudar. A elaboração da LBI (Lei Brasileira de Inclusão), que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2016, trouxe muitos avanços para as pessoas com deficiência. No campo educacional ficou definido que as escolas particulares são obrigadas a aceitar alunos com deficiência e também devem fazer as adaptações necessárias para receber esses estudantes. Essa conquista demonstra que a sociedade está começando a olhar com mais respeito para as pessoas com deficiência, uma vez que agora eles têm o direito de escolher onde querem estudar.

Novamente levando em consideração que a escola é o primeiro passo para o mercado de trabalho e mostrando o exemplo do Colégio Apoio, eles também se preocupam com a forma como essa inclusão se dá. “Como empresa, nós acreditamos que a deficiência não impede a pessoa de desenvolver um bom trabalho e sempre tivemos funcionários com deficiência na equipe. Já ocorreram casos de alunos com deficiência que concluíram o ciclo educacional conosco e acabaram trabalhando aqui como “estagiários”. Atualmente, nós temos cinco pessoas com deficiência em nosso quadro de funcionários e todos eles desempenham muito bem as suas funções”, finaliza.

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